
A claridade que agora me faz feliz, é a mesma claridade que o levou daqui, que não me permitiu que ficar com ele, nem mais um minuto do resto da minha imortal existência. Esta claridade, que infiltra cada parte de minha alma, como se fosse uma lamina, rasgando e despedaçando o que restou, depois de tudo, me faz feliz, mesmo me destruindo. E aqui, dentro desta carruagem, a mesma que nos levou juntos para um futuro incerto e inseguro, escrevo de novo, como se ele fosse ler, como se ele ainda estivesse presente entre nós. E quando abrir a porta, daquele quarto, onde ele padeceu, dia após dia, vou me recordar de cada mero detalhe, jamais esquecerei, jamais pensarei em esquecer, o amor da minha vida.
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